[Resenha] História da menina perdida, de Elena Ferrante (@editorabibliotecaazul @GloboLivros)



Título: História da menina perdida
Autor(a): Elena Ferrante
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 480
Ano: 2017
Skoob | GoodReads
Compre: Amazon

No quarto e último volume da série napolitana, a aclamada autora Elena Ferrante finaliza a história de vida de Lenu e Lina e de todos os personagens do bairro de Nápoles. Os personagens caminham agora da maturidade à velhice. A amizade entre Lenu e Lina, que foi a força que as fez evoluir apesar da violência do bairro, é também a responsável por toda a dor que rodeou as personagens durante toda a saga, e, continua aqui, a atingir o seu ápice. História da menina perdida é o final que o leitor esperava, com a dureza e a força que aprendemos a identificar nas personagens de Ferrante, sem rodeios.

Atenção: esse texto pode conter spoiler dos livros anteriores da série Napolitana

Enfim, cheguei ao fim de uma das histórias mais tocantes e complexas que tive o prazer de ler na vida.  Foram pouco mais de 20 dias mergulhada na história dessas duas mulheres tão diferentes, mas que possuem muitas similaridades que faz com que fiquem juntas mesmo quando uma das duas não querem, durante toda uma vida. Por um lado Lenu, que acredita ter se libertado em alguns momentos e é uma mulher estudada, mais sofisticada e por outro Lina, que se conforma com o que conseguiu da vida e não vai atrás de ambições fora do seu lugar de nascimento.

"Uma pessoa só pode lhe fazer mal se você gostar de alguém. Mas eu não gosto de mais ninguém."
Por muitos momentos no decorrer do livro anterior, achei que Lenu tinha evoluído significativamente em alguns aspectos, até me deparar com esse livro e entender que algumas características realmente não nos deixam e a autora soube deixar isso explícito com essa personagem. No fim das contas, ela foi até a maturidade procurando validação nos outros e demorou a entender que tudo que ela precisava desde sempre era dela mesma. E no final, tudo que resta pra ela é ela mesma.

"Deprimidos não escrevem livros. Quem os escreve são pessoas contentes, que viajam, estão apaixonadas e falam e falam com a convicção de que as palavras de um modo ou de outro sempre seguem a direção justa."

Lina por outro lado carrega toda a intensidade de ser o que quiser desde a infância, desde quando era só um ser marginalizado pelas circunstâncias, desde sempre ela soube se impor e viver como lhe cabia no momento, com as ferramentas que tinha e com o que as pessoas poderiam lhe oferecer, mesmo que ela tivesse que manipular para que as coisas acontecessem, ela conseguia sempre estar onde e como queria estar. Fiquei boa parte da leitura dos quatro livros pensando que certamente a autora teve alguém em quem se inspirar pra essa personagem já que ela é muito complexa, construída com muito cuidado e complexidade.

"...Os bons sentimentos são frágeis, comigo o amor não resiste. Não resiste o amor por um homem, nem mesmo o amor pelos filhos resiste, logo se esgarça."

Apesar da história girar em torno do protagonismo das duas, existem diversos personagens que são muito bem elaborados e não jogados a esmo na história como os Sollara que dão o pano de fundo de violência desde a infância até a maturidade de ambas, Antônio que desde cedo exerce um papel de muito valor na vida de Lenu e mostra coisas que ela se nega a ver até o último momento, os Cerullo e os Grecco que a sua maneira mostram como são as famílias tradicionais não só na Itália, mas no mundo, o quanto projetam em seus filhos o que não puderam ser e se frustram quando eles se mostram diferente do que esperavam enquanto tentavam moldá-los, as relações de amizade como amadurecem mau às vezes e muito mais.

"Foi realmente difícil viver com seu filho.
Não há homem com quem não seja difícil viver."

Sem dúvida alguma, Elena Ferrante sabe como construir uma história real. Agora estou com muita vontade de ver a série para saber se honrou na tela tudo que foi construído quase que artesanalmente pela autora. Se algum dia eu souber a real identidade dela e ela disser que viveu algo parecido, eu jamais duvidaria, pois a perspectiva que ela constrói do ponto de vista de Elena é extremamente convincente, incluindo a dor das tragédias que marcam esse último livro.

"A lei funciona quando se lida com gente que basta falar lei, e todos ficam alerta. Mas aqui você sabe como é."

Confesso que acompanhar as protagonistas até esse momento pra mim não foi nenhum sofrimento, foi um prazer. Porém, fiquei um pouco triste que o final é aberto, faltam desfechos que eu queria muito e isso me deixou triste, não chateada. Eu assumi que eu esperava validação para as minhas certezas, assim como fazemos muitas vezes na vida, me forcei a lembrar que não preciso disso e além de tudo isso é uma ficção, então tudo bem.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

[Resenha] História de quem foge e de quem fica, de Elena Ferrante (@editorabibliotecaazul @GloboLivros)







Título: História de quem foge e de quem fica
Autor(a): Elena Ferrante
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 416
Ano: 2016
Skoob | GoodReads
Compre: Amazon
No terceiro volume da série napolitana, Lenu e Lila partem para os embates da vida adulta. Numa sequência angustiante e sem espaço para a inocência de outrora, Elena Ferrante coloca o leitor no meio do turbilhão que se forma das amizades, das relações sociais e dos interesses individuais. História de quem foge e de quem fica é uma obra de arte a respeito do amor, da maternidade, da busca por justiça social e de como é transgressor ser mulher em um mundo comandado pelos homens.

 Atenção: esse texto pode conter spoiler do primeiro livro da série Napolitana

Nesse terceiro livro, tudo que a história já tinha me deixado presa, me deixou agora escrava dessa leitura. Aqui nos acompanhamos a consolidação da fase adulta das personagens, quando finalmente, ao meu ver, Elena se apossa da mulher que é e das suas escolhas enfim, já que até aqui mesmo com tanta bagagem, ela se sente sempre presa as opiniões alheias sobre suas escolhas e sempre inadequada aos espaços que ocupa. Porém, percebo que pode não ser uma liberdade definitiva, já que por viver tanto tempo precisando de validação, sei que provavelmente em algum momento ela poderá ceder.

"Você é forte.", respondeu ela para minha surpresa, "eu nunca fui forte. Você, quanto mais se sente verdadeira e está bem, mais se afasta."

Tudo que eu pensava sobre a Lina/Lila nos livros anteriores, só tomou uma forma ainda mais concreta visto que com a vida adulta a gente tende a demonstrar mais claramente e de forma menos dissimulada quem realmente somos. Já com Elena, eu realmente me surpreendi quando ela foi se envolvendo com as causas sociais, entendendo melhor seu lugar no mundo e seus desejos para vida, além é claro da forma como ela buscou exercer todas as suas vontades sem reflexões muito complexas ou forçadas, apenas vivendo as coisas cada uma em seu tempo.

Vocês professores insistem tanto no estudo porque é com ele que ganham a vida, mas estudar não serve pra nada, nem melhora as pessoas, ao contrário, torna-as ainda mais cruéis.

A escrita da Elena Ferrante me envolveu de forma única e agora me sinto profunda conhecedora das tradições italianas relacionadas tanto aos costumes de sobrevivência das periferias, quanto das pessoas mais afortunadas e o crime que se assemelha a algumas coisas no Brasil, mas segue com suas particularidades. A autora constrói personagens tão humanos, que chego a pensar que a sua protagonista pode ser ela mesma em algum momento da vida, já que seu olhar sobre o entorno é bem similar ao que qualquer pessoa poderia descrever sobre seu ambiente de convívio.

Um homem, exceto nos momentos de loucura, em que você está apaixonada e ele te penetra, fica sempre de fora. por isso, mais tarde, quando você deixa de amá-lo, só de pensar que você já gostou dele lhe dá rancor.

Conforme a Elena/Lenu vai despertando para alguns assuntos, passei a entender como eu mesma comecei a viver algumas pautas, sentia incômodos e quando aprendia a nomear cada um deles, a vida não se tornou mais fácil, apenas complexa com propósito como aqui. Os desenhos da complexidade humana me deixam atordoada em momentos que acho que mais nada pode acontecer. Me bateu a tristeza de saber que só tem mais um, sei que vou sentir muita falta dessa história.

Você entende , Lenu, o que acontece com as pessoas: a gente tem coisa demais por dentro, e isso nos incha, nos arrebenta.

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[Resenha] História do novo sobrenome, de Elena Ferrante (@editorabibliotecaazul @GloboLivros)




Título: História do novo sobrenome
Autor(a): Elena Ferrante
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 472
Ano: 2016
Skoob | GoodReads
Compre: Amazon

Elena Ferrante, pseudônimo da consagrada escritora italiana de A amiga genial, lançará no Brasil, pela Biblioteca Azul, o segundo volume da tetralogia napolitana. Recentemente indicada ao Man Booker Prize 2016 por Story of the Lost Child, último livro da série, a autora, firme na decisão de não revelar sua real identidade, se tornou um fenômeno literário mundial após a publicação, em 2011, do primeiro dos quatro romances que formam a saga ambientada na Nápoles do pós-guerra.

Best-sellers nos Estados Unidos e na Europa, as obras de Ferrante contam a história da forte ligação das amigas Elena Greco, narradora da história, e de Rafaella Cerullo, mais conhecida como Lila, percorrendo todas as fases da vida das duas, nascidas e crescidas no subúrbio de Nápoles, nos anos de 1950. Após o repentino desaparecimento de Lila, aos 66 anos, Lenu repassa a vida da amiga, explorando os ecos desta em sua própria existência.

Envolvente e com a costumeira cadência impecável, a narrativa de História do novo sobrenome dá espaço para reflexões profundas a respeito da subjetividade, da sexualidade, do amor e, sobretudo, do papel imposto à jovem mulher em meados do século XX ― contraponto construído entre as duas personagens centrais, às voltas com as restritas possibilidades de escolha, mas ao mesmo tempo surpreendidas pelas descobertas acerca de suas próprias capacidades e seus limites.

Lila, que teve os estudos interrompidos por questões familiares – muito cedo teve que trabalhar com o pai e o irmão, se casou cedo. Lenu, por sua vez, consegue se desvencilhar do destino certo das moças da época e não se casa, mas passa a se preparar para a faculdade, levando consigo as marcas definitivas da complexa relação de amizade com Lila – admiração misturada a identificação.

Os personagens vão ganhando espaço na história, não apenas nos acontecimentos cotidianos relatados por Lenu, como também nos comentários subjetivos da narradora. Lenu, sem poupar de nada o leitor, escancara cenas de casamento, de adultério, de supostas e reais traições dentro de uma amizade, mas também os pequenos momentos em que parece acertar as contas com ela mesma.
Atenção: esse texto pode conter spoiler do primeiro livro da série Napolitana

Nesse segundo livro transitamos pelo fim da adolescência das protagonistas, com Lina percebendo enfim o quanto não tem controle sobre a própria vida ao mesmo passo que Lenu descobre que pode se emancipar do poder que Lina erradia sobre ela e conseguindo assim criar novas narrativas sobre isso.
O que mais me pega na construção de romance de Elena Ferrante são as imperfeições acentuadas de cada personagem, ninguém é bom ou ruim, todos são extremamente humanos e possíveis. Algo que não fica resumido só as pessoas pobres, mas as mais endinheiradas também, todos tem lados obscuros que escondem da maioria e demonstram em momentos oportunos.

Começou naquela noite o longo, conturbado período que desembocou em nosso primeiro rompimento e numa longa separação.

Eu consigo sentir raiva e amor pelas protagonistas na mesma proporção, mas me identifico com elas por quase todo tempo. Eu teria decisões diferentes em noventa por cento do tempo, mas elas me cativaram a ponto de entender até as piores escolhas que fizeram. A amizade das duas é extremamente nociva para ambas, mas por algum fio que ainda não ficou explicado pra mim, elas sempre permanecem presas uma a outra, uma exerce sempre uma força desmedida sobre a outra desde a menção do nome, até os momentos em que se veem.

"Os que estão em baixo quere, ir para cima, os que estão em cima querem permanecer em cima, e de um modo ou de outro sempre se acaba com cusparadas e chutes na cara."

Algo que resume esse livro é a impulsividade de ambas que é movida pela paixão e pela raiva, pela vontade de fazer o que se foi privada ou até mesmo se aproximar da outra por uma experiência repugnante, só pra sentir que pertence ao mesmo momento da vida dela, para estar sempre fixada em sua história, mesmo com as escolhas as levando por caminhos bem diferentes, os de Lina sempre extremamente imprevisíveis visto a sua tempestuosa forma de ocupar seu lugar no mundo.

"Não leia livros que não consegue entender, isso lhe faz mal."
"Há tantas coisas que fazem mal."
Percebi que a própria Lenu se percebe perdida com o distanciamento inevitável que acontece entre as duas no decorrer da vida já que os caminhos que vão se desenrolando para elas, são extremamente diferentes e por muitas vezes não vão conseguir se encaixar por muito tempo, nem as pessoas vão querer que elas fiquem juntas, vão falar sobre razões que deveriam afastá-las e em momentos de fragilidade dessa relação, ambas vão acreditar nisso. Acredito que a toxicidade dessa relação delas que me fascinou me fazendo devorar os livros tão rápido.

..."Como você está bem, não tinha reconhecido, você virou outra."
Num primeiro momento fiquei contente, mas depois desanimei. Que vantagem haveria em se transformar numa outra?

Sigo arrebatada pela forma que a autora conseguiu me envolver na história dessas duas mulheres que amam e querem demais. A ambição de Lenu e a paixão pela vida de Lina, mostram o quanto supervalorizamos o certo e o errado durante a vida, quando no fim de tudo são só escolhas para a nossa própria sobrevivência. Nenhuma das duas teve o que quis, mas acaba sempre se conformando em ter o que precisa em cada momento.
 
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[Resenha] A amiga genial, de Elena Ferrante (@editorabibliotecaazul @GloboLivros)



Título: A amiga genial
Autor(a): Elena Ferrante
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 336
Ano: 2015
Skoob | GoodReads
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A Série Napolitana, formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro, A amiga genial, é narrado por Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos. As meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela.
As duas se unem, competem, brigam, fazem planos. Em um bairro marcado pela violência, pelos gritos e agressões dos adultos e pelo medo constante, as meninas sonham com um futuro melhor. Ir embora, conhecer o mundo, escrever livros. Os estudos parecem a melhor opção para que as duas não terminem como suas mães entristecidas pela pobreza, cansadas, cheias de filhos. No entanto, quando as duas terminam a quinta série, a família Greco decide apoiar os estudos de Elena, enquanto os Cerrulo não investem na educação de Raffaella. As duas seguem caminhos diferentes.
Mais que um romance sobre a intensidade e complexa dinâmica da amizade feminina, Ferrante aborda as mudanças na Itália no pós-guerra e as transformações pelas quais as vidas das mulheres passaram durante a segunda metade do século XX. Sua prosa clara e fluída evoca o sentimento de descoberta que povoa a infância e cria uma tensão que captura o leitor.

Há muito tempo não leio um drama denso, com doses de familiaridade com a vida real como eu a vejo e que me faça não só ter empatia como me identificar verdadeiramente, então já posso começar dizendo que foi uma bela surpresa encontrar tudo isso nesse livro. Comecei essa tetralogia sem muita esperança de gostar, pois além de sempre ter muito problema em gostar de coisas que fazem sucesso imensurável venho de uma longa temporada de interesse por não-ficçao e ficções com temas sociais/étnicos mais latentes, também por sempre pensar nessa leitura como um romance de frivolidades e foi aí me surpreendi. 

"Lembra quantas coisas já fizemos que nos davam medo? Esperei você de propósito."

De imediato, fiquei confusa com o desenrolar da amizade de Lenu e Lina na infância, sempre achei que Lina tinha um potencial enlouquecedor sobre Lenu, que a qualquer momento isso iria explodir em uma tragédia ou ruptura, mas o que vi foi ambas crescendo embriagadas uma com a outra, cada qual com seus motivos e seu jeito peculiar de lidar. Inclusive, me surpreendeu muito a forma como os fatos se desenrolam durante a adolescência de ambas, torci muito por acontecimentos diferentes para ambas, para que fossem tendo cada vez mais coisas boas, mas assim como a vida na periferia comumente, foram mais tensões que grandes conquistas.

"Não para você: você é minha amiga genial, precisa se tornar a melhor de todos, homens e mulheres."

O modo como a autora me envolve na história foi arrebatador, li sem sentir muito em três dias esse belo calhamaço que esperava levar ao menos uma semana, mesmo assim não o classifico como uma leitura fácil, mas densa e cheia de detalhes que podem parecer demasiado, mas são necessários e vão se costurando com primor no decorrer da trama. Há poucas palavras que rementem a cultura da Itália que eu precisei me apegar ao contexto para entender o que traziam, mas como - ao meu ver - exige que o leitor simpatize com a história em algum ponto pra se envolver, não consigo encarar como leitura fácil.

"O que significa ora você uma 'cidade sem amor'?"
"Um povo privado da felicidade."

O livro está em primeira pessoa pelo ponto de vista de uma das protagonistas, Lenu ou Elena Grecco, então passei por amar e odiá-la várias vezes, mas ela me ganhou quando me fiz perceber que toda pessoa tem um pouco dessa ambiguidade que ela carrega. Eu não concordei com toda as suas escolhas, mas jamais a julgaria desmedidamente, algumas escolhas foram por amor, outras por uma tentativa de se manter com o orgulho intocado, mas todas com algum fundo de justificativa.

Tive sentimentos e pensamentos confusos: abraçá-la, chorar com ela, beijá-la, puxar-lhe os cabelos, rir, fingir competências sexuais e instruí-la com voz doutoral, repeli-la com palavras bem no momento da maior intimidade.

A impressão que tive ao finalizar esse primeiro volume é que o livro vai agradar que gosta de histórias densas, catastróficas e com muita realidade de vida como eu gosto, mas como nem tudo são flores, já aviso que o desfecho é um pouco enlouquecedor, parecendo aquele fim de série que você se desespera por acabar ali, algo que não gosto particularmente, ainda bem que eu já tenho todos os volumes aqui para continuar.
 
Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.